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Mercado Plus Size começa chamar atenção

Data: 24/04/2018

A principal razão para o sucesso de qualquer produto é a demanda.

Se os consumidores precisam e querem alguma coisa, certamente o produto será um sucesso. E se tem um produto que os consumidores precisam e definitivamente ainda está em falta no mercado são roupas para quem veste GG (ou mais). E é justamente por isso que o segmento do Plus Size pode ser uma ótima opção de investimento para varejistas que querem crescer. 

“O mercado plus size já evoluiu muito, mas ainda tem espaço para ser explorado. Hoje, em ruas de concentração de comércio,, uma ou duas lojas, no máximo, atenderão ao público plus size. É um descompasso levando-se em consideração que metade da população brasileira está acima do peso”, comenta Renata Poskus, diretora do Fashion Weekend Plus Size e digital influencer do segmento plus com o blog Mulherão. Ela comenta que ainda existe muito espaço para o mercado plus size.

“São poucas as cidades que têm lojas multimarcas especializadas. As capitais aparentam ser cidades em que este segmento já está esgotado, mas ainda assim há bairros que comportariam receber uma loja especializada”, afirma.

Os números comprovam: segundo dados do IEMI – Inteligência de Mercado, existem 19.439 empresas que produzem moda feminina e 30,4% delas produzem plus size feminino e quando o assunto é moda masculina, apenas 19,8% das 14.339 empresas existentes atuam no plus size. “Ainda é um segmento pouco explorado, tanto por lojistas quanto pelos designers e produtores de roupas. Isso, porém, já está mudando, pois existe uma demanda mal suprida de consumidores desejosos por serem tratados como tal”, analisa Marcelo Prado, diretor do IEMI. Crescimento De fato, o Plus Size é um segmento que tem crescido bastante, mesmo em tempos de crise. Ainda de acordo com o IEMI, em 2016, a produção de vestuário plus size cresceu 2,9%, com o plus size feminino crescendo 3% e o masculino 2,6%, em relação à produção do vestuário adulto em geral (não inclui infantil, bebê, meias e acessórios), que caiu 1,5% em relação à 2015. “O varejo de vestuário tem acompanhado a demanda dos consumidores pelos tamanhos diferenciados.

As grandes marcas vêm ampliando suas opções de tamanhos maiores no lançamento das coleções. A moda é inclusiva em vários sentidos, não somente artigos de vestuário como acessórios com extensores, mas também com gargantilhas e pulseiras, por exemplo”, comenta Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX – Associação Brasileira do Varejo Têxtil. De fato, no último ano foram várias iniciativas das grandes marcas para atingir este público. Dessa forma, as estimativas de crescimento do IEMI fazem todo sentido. Segundo a entidade, espera-se que em 2018 a produção de vestuário plus size cresça 8,2% com destaque para o plus size feminino, com 9,3%, enquanto o masculino deve crescer 5,3%. Para se ter uma ideia, para o vestuário adulto em geral (não inclui infantil, bebê, meias e acessórios), o crescimento deverá ser de 4,7%.

Satisfação

Imagine uma pessoa acima do peso, que se sente bem com o seu corpo, amada por seu companheiro(a) e que deseja comprar uma roupa ideal, de uma marca de desejo, para uma ocasião especial, ou simplesmente para se presentear. Pois bem, atualmente, na maioria dos casos, este consumidor se sente excluído e rejeitado pelas marcas, pois sabe que ao entrar na loja o vendedor, ao verificar suas medidas, não terá praticamente nada para lhe oferecer”, analisa Marcelo Prado.

“De repente, uma marca desejada lança uma coleção exclusiva para esse público, com desfiles, catálogos, vitrines e anúncios, convidando-o a conhecer uma linha completa e coordenada de tops e bottons para quem pertence a este grupo de consumidores. Não é preciso se esforçar muito para imaginar a satisfação deste consumidor, ao se deparar com isso”, continua o diretor do IEMI. Renata Poskus concorda. Segundo ela, a cliente plus size é fiel e, se puder ter acessível a roupa dos sonhos, não vai se deslocar pela cidade em busca dela. “Todo mundo pensa em montar lojas de varejo em regiões com muitos concorrentes, o que aparentaria a garantia de vendas. Mas será que o segredo não está justamente em explorar lugares que ninguém ainda explorou?”

Fonte: portal novo varejo 




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